Clássicos do NES-8Bits

No mês anterior, enquanto eu revirava as tralhas contidas no meu baú, encontrei algo muito antigo: restos de um Nintendinho (NES 8-bits).

Lembrei de imediato dos vários jogos que detonei em grande quantidade de tempo quando criança, isso quando não estava na rua brincando com a galerinha.
Eu tinha, meu primo Lauson tinha e o Braytner, tinha o Nintendo que usava cartuchos maiores e que, inclusive, tinha um acessório que era o controle-pistola. Os jogos em que podia usar a pistola, eu nunca fui muito fã. Eu sei que tinha um em que você atirava em patos, outro em pratos e um de faroeste, nesse você não podia acertar os reféns.

Ganhei o videogame em 1991, meus primos também. Lembro que na época era até caro o Nintendo, eu nem sabia o que era Nintendo, nem tinha pedido um. Acho que me deram com a intenção de fazer com que eu parasse de rabiscar as paredes da casa, não sei, mas se foi por isso... não teve efeito algum!

Primeiro jogo? O clássico Mário, que inclusive, não demorei a terminar o jogo, apesar da dificuldade  existente nele. Tinha uma locadora de filmes na Alm. Barroso, que além das VHS, tinham cartuchos de NES. Geralmente aos fins de semana o meu pai passava por lá e trazia alguns jogos. Não consigo lembrar o nome de um jogo em que você controlava um aviãozinho, que além de se preocupar com os aviões inimigos, no meio da fase você tinha que abastecer o tanque do avião. Tinha também dois jogos baseados na trilogia “De Volta para o Futuro”, esse era muito chato! Só era legal mesmo quando você podia pilotar o DeLorean, escolhendo as datas em que poderia viajar no tempo.

Tinha algumas porcarias, como: Robocop, Predador, Alien, Contra, Superman (esse é “ótimo”). A maioria dos jogos para NES eram divertidos, um deles? "Adventure Island". Joguei o I, II e III. Não consegui terminar o I, pois o cartucho estava com defeito e quando chegava ao final, acontecia o famoso bug!

Mas, os melhores são o II e o III, em que você pegava uns dinossauros durante a fase, um skate e também podia evoluir sua arma, um machadinho de pedra, para um boomerang. Além disso, você tinha que “correr contra o tempo”, pois vai se esgotando e para evitar isso, você tem que colher as frutas que aparecem durante a fase, fazendo você ganhar mais tempo.

Outro jogo que gostava bastante era o do "Batman" (do Tim Burton), esse também era bom. Não era lento, você tinha que ser rápido no controle, prestar atenção e era difícil. Você ia coletando itens que poderia usar nas fases, como: batrangue, bat-pistola e uma arma que disparava três discos. Poderia também pular de contra a parede, podendo executar um segundo pulo, isso era usado para “escalar” algumas áreas da fase.

Todo mundo já ouviu falar nas “Tartarugas Ninjas”, mas e os "Battletoads"? Esse jogo era um dos melhores jogos para NES, principalmente pela dificuldade existente. Você controlava sapos alienígenas bons de porrada, com fases cheias de inimigos que podiam destruir você de imediato, tudo para salvar o caçula Pimple. Terminar esse jogo era uma tarefa difícil, já que não podia usar password e tinha um número razoável de continues.

Na medida em que você ia dando os golpes, na finalização, alguma parte do battletoad se transformava. Um exemplo: se você corresse em direção ao inimigo, assim que executava o comando de golpe, a cabeça do sapo ficava transformada, exageradamente grande e com chifres, fazendo o inimigo voar! Ou quando você o enterrava no chão, aí na finalização o pé virava uma enorme bota, liberando um superchute.

Só quem é bom para terminar esse jogo, quem já jogou sabe do que estou falando. Você acha que estou exagerando? Uma das piores fases é a da moto, qualquer descuido é morte na certa. Achei esse vídeo da primeira fase de Battletoads:

Jogo divertido, inclusive com uma boa trilha sonora, um dos primeiros trabalhos de David Wise, que mais tarde faria a trilha do jogo Donkey Kong do SNES (Super Nintendo). Falei tanto, vou aproveitar e jogar um pouco...

Voltando... Jogo bom também era o das "Tartarugas Ninjas", nele, você poderia escolher entre as quatro tartarugas (mas eu só escolhia o Raph). O I era um pouco chato, o II e o III eram mais divertidos. No II, tinha poucos recursos, mas também tinha uma boa dificuldade, mas o III foi o melhor dos três jogos. Era bacana concluir as fases e escutar... "Kwabanga!"

"Gun Smoke" era outro jogo divertido, nele você era um xerife que tinha que caçar criminosos no Velho Oeste. Durante o percurso na fase, você ia aumentando a capacidade das armas, também poderia conseguir um cavalo. Um dos chefes mais chatinhos de derrotar era o ninja, o cara ficava pulando de rocha em rocha disparando shurikens (estrelas ninja)... Geralmente eu me estressava nesse ponto do jogo, isso era perto de terminar ele.

Lembrando desses jogos, comentei com a Tigre sobre o filme “Onde Vivem os Monstros” (que inclusive quero assistir) ser uma adaptação de um antigo jogo do NES, o jogo “Little Nemo: The Dream Master”, mas eu estava enganado. Errei pelo fato do protagonista do jogo, Nemo, se aventurar em um mundo surreal, com direito a controlar monstros.

Nesse jogo, você pode alimentar alguns monstros com bombons, assim que o monstro adormece por conta do efeito dos bombons, você o transforma em seu companheiro, podendo usar as habilidades dele. Perto de terminar o jogo, você consegue um bastão de energia, isso para poder enfrentar o chefão da fase “Nightmare Land”.

Fiz uma pesquisa sobre o jogo, no que realmente tinha sido baseado e acho que “Little Nemo” precisa de um post exclusivo.

Do NES, terminei todos os jogos da série Mega Man, desde o I até o VI, depois disso foi lançado para SNES o VII, também terminei. Terminei a série Mega Man X do SNES também, mas isso não foi difícil, esses do NES arrebentam os do SNES em dificuldade.

Bom, deixei o melhor para o final... Ninja Gaiden: um clássico do NES, um clássico! Você entra na pele de Ryu Hayabusa, o último descendente de um clã ninja. Depois que o pai de Ryu, Ken Hayabusa, morreu durante um duelo com outro ninja, Ryu herda a Espada do Dragão, única em seu clã. A missão de Ryu é voltar para os Estados Unidos e recuperar um artefato que foi encontrado na Amazônia... Mas que po* é essa? Apesar de simples, a abertura do jogo já chamava atenção:

Poucas coisas são mais legais que os ninja (até onde sei, é outra palavra que não tem plural, apesar de existir o título “Tartarugas Ninjas”, acho que isso foi um erro), o jogo fez sucesso e teve continuações. Em Ninja Gaiden II (pra mim, o melhor de todos), você tem que frustrar os planos do ninja Ashtar, um filho da p* que pretende abrir o Portal da Escuridão.

Pra fazer isso, ele precisa usar a Espada Negra em um mortal, decide fazer isso com a mocinha da história, Irene Lew, e isso você não pode deixar acontecer. Você enfrenta criminosos, animais e até demônios! Mas, nada é impossível. Você usa shurikens e outros “poderes” nas fases, mas o melhor é que você, ao pegar um determinado item, produz cópias de si!

Você pode ter até duas, é bom ter elas por perto, já que ajudam bastante contra a quantidade enorme de inimigos. Outro detalhe importante do jogo é a trilha sonora, que combinava com a ação rápida do jogo. Depois do fim de cada fase, sempre rolava um “filminho” contando partes da história do jogo. No III (que eu não gostei muito), a CIA informa que um sósia de Ryu assassinou Irene, então o verdadeiro Ryu Hayabusa decide descobrir a verdade sobre isso.

Não poderia deixar de compartilhar isso: achei um site com vários jogos do NES disponíveis, inclusive, tem esses títulos que mencionei. Clique, aqui.

Caso não tenha paciência de procurar os jogos nas categorias do site, é só clicar nos links:

Adventure Island II
Adventure Island III
Ninja Gaiden 2: Dark Sword of Chaos
Gun Smoke
Batman
Teenage Mutant Ninja Turtles 2
Little Nemo: The Dream Master
Ninja Gaiden 3: Ancient Ship of Doom

Passei horas relembrando esses jogos no site, confesso que ainda vou terminar (de novo) Ninja Gaiden e Battletoads.