Hiketeia é um antigo ritual grego que vincula um suplicante ao seu mestre em uma relação de respeito mútuo e proteção...
A princesa Diana de Themyscira, conhecida no mundo inteiro como a Mulher-Maravilha, é procurada por Danielle Wellys... uma jovem com um trágico passado que busca por asilo. Comprometida pelo voto de Hiketeia, Diana precisa proteger sua suplicante a todo custo, sob pena de trazer para si a fúria dos deuses.
Enquanto isso, em Gotham City, o Cavaleiro das Trevas também está comprometido com uma missão... a de entregar Danielle à Justiça pelos crimes que ela cometeu. A premissa já nos garante uma colisão de interesses entre dois grandes personagens.
Não conheço muita coisa sobre o universo da DC Comics, sou mais familiarizado com os personagens da Marvel. Confesso que essa foi a primeira revista da Mulher-Maravilha que despertou o meu interesse em ler; e acabei gostando.
Filha de Hipólita, a rainha das amazonas, Diana é princesa em Themyscira, o lar das amazonas. Depois de se tornar adulta, a princesa Diana foi enviada ao mundo dos homens com a missão de promover a paz, inclusive, sua primeira missão era a de derrotar Ares, o Deus da Guerra. Vendo que a tarefa no mundo dos homens não seria fácil e rápido de concluir, a princesa Diana passou a integrar a Liga da Justiça, se tornando a famosa Mulher-Maravilha.
Em Hiketeia, as Erínias (personificações da vingança) arquitetam uma provação para a princesa Diana, fazendo com que a mesma questione seus deveres. Ao “defender” aquilo que lhe foi imposto, ela acaba cruzando o caminho de Batman, que também não vê alternativa: ele entra em combate com a Mulher-Maravilha, mesmo sabendo que é praticamente impossível derrotá-la, afinal, é um mortal. A Mulher-Maravilha não deseja esse confronto, mas ela sabe que, mesmo correndo risco de vida, Bruce não irá desistir.
Nesse caso, o Batman pode até mesmo parecer louco e imprudente, mas tenta uma alternativa que, creio, só ele poderia pensar. Hiketeia, além de um bom roteiro, a arte é bem agradável. Esse mesmo desenhista, o J.G. Jones, também já trabalhou em algumas revistas da Marvel, pois lembro de ver o trabalho dele nas revistas da Viúva-Negra.
Publicada em 2003, Hiketeia tem o roteiro do Greg Rucka, que trabalhou com o brilhante Ed. Brubaker em Gotham Central (no Brasil, publicada como Gotham City Contra o Crime), logo, ao trabalhar elementos da Mitologia Grega, temos uma interessante abordagem da personagem, principalmente ao colocá-la em conflito com o Batman: ambos buscam efetivar a Justiça, claro, mas possuem perspectivas e métodos diferentes. Novamente, estou procurando me familiarizar com o universo de histórias da DC e Hiketeia me surpreendeu. Recomendo a leitura.
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